segunda-feira, 6 de junho de 2011

Socialização e Violência Simbólica



Hoje em dia houve um avanço por parte da escola na socialização das novas gerações não digo que possamos alcançar á socialização da forma ideal; mas tanto as redes públicas como privadas, percebem a importância da socialização dos alunos frente á realidade social do país, das cidades e especialmente do local onde as escolas estão inseridas; agora, o processo dessa socialização é que nem sempre acontece com eficácia. Os professores devem despertar em seus alunos a perspectiva critica frente ao ensino-aprendizagem e sua dimensão social, política e também oferecer atividades que levem os alunos a entender as divisões de classe e a desordem social que vivemos hoje.Se o professor não ficar atento poderá ocorrer a violência simbólica entre escola para com o aluno/a, da escola para com o/a professor/a, da professor/a para com o aluno/a e do aluno/a para com a professora/o. Muitas vezes o/a aluno/a têm dificuldades para compreender o que se está sendo passado, por falta de similaridade com sua realidade, com as imposições curriculares muitas vezes poderão gerar uma violência, contudo, o docente sabe também da importância do currículo; o qual o mesmo deveria ser adequado a cada realidade, existem escolas que realizam essas adaptações na prática (não no papel). Como estamos falando de violência simbólica não podemos deixar de citar o que ela significa segundo Pierre Bourdie ela ocorre quando a “classe que domina economicamente impõe sua cultura aos dominados”; esse processo se torna real na escola, com a contribuição da institucionalização da mesma e também de sua hierarquização; quando o/a professor passa a reproduzir o conhecimento que advém das classes dominantes e passa moldar em seus alunos características oriundas dessa cultura.
O qual se adéqua muito bem ao pensamento de Florestan Fernandes, quando o mesmo nos traz a reflexão de que existe uma grande diferença entre educador e instrutor; o educador é um formador, enquanto o instrutor apenas transmite o conhecimento da cultura dominante; com isso temos uma instrução que é violenta por si só; ou seja, o não respeitar o/a aluno/a como alguém que faz parte do processo da construção do conhecimento; não perceber o/a aluno/a como alguém que também pode trazer conhecimento ao professor/a; esse tipo de educação é impositiva (no sentido de imposição de algo).
Não é fácil trazer uma solução para essa realidade, visto que temos como violência simbólica, o machismo e racismo, arraigados em nossa cultura; a pergunta poderia ser então: Como vencer a cultura? Ou como mudar a cultura? Não podemos perder de vista os processos de dês-construção e construção de novos valores. Leva tempo, trabalho, disposição e paciência. Tudo poderá começar no processo de capacitação e formação dos/as professores/as que devem se perceber como parte de um processo de construção de conhecimento e não como alguém que simplesmente transmite conhecimento; alguém que também é humilde para reconhecer que o aprendizado é contínuo e se dá também no contato com o/a aluno/a. Quando isto ocorre o/a professor/a passa a enxergar seu aluno como parceiro, alguém que pode e vai contribuir na sua formação; isso requer muita disposição e dês-construção do ser professor/a como alguém que exerce autoridade imposta e não conquistada; isso requer também que os/as alunos/as passem a enxergar o/a professor/a como alguém próximo e acessível. Concluindo, isso depende de disposição de relacionamento (vínculo também afetivo) e amizade (capacidade de dar e receber).




Referências Bibliográficas
pt.shvoong.com › Ciências Sociais –
www.efdeportes.com/.../recreacao-e-socializacao-no-ambito-escolar.htm ateupraticante.blogspot.com/.../o-que-violencia-simbolica.html -
www.scielo.br/pdf/ea/v10n26/v10n26a13.pdf -

Site Dessa Imagem
Violência nas escolas
artigosdehistoria.blogspot.com

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