terça-feira, 31 de maio de 2011

CHEGA DE VIOLÊNCIA


Não há como falar de violência escolar sem comentar a desigualdade social em que vivemos, onde é triste vermos que as crianças desde muito pequenas percebem que vivemos em uma sociedade totalmente “CAPITALISTA”, um ambiente que prioriza “O TER”, e ignora O CONHECER, O RESPEITO MÚTUO, A BOA ÍNDOLE, A RELIGIÃO (independente da qual), ou seja, “O SER” está sendo deixado em segundo plano. Devido à sociedade capitalista, as crianças estão sendo criadas (e não educadas) pelas empregadas, pelas EMEIs, e em alguns casos pior ainda, pelas ruas. Como para tudo existe uma conseqüência, neste caso podemos perceber o crescimento da violência, em todas as esferas. Um pouco deste aumento podemos dizer que é resultado de dar mais valor ao ter do que do ser. O aumento é tão assustador que uma das maiores preocupações dos Governos está sendo em como combater a insegurança que todos estão sentindo, em todos os lugares.
A violência está tão grave a ponto de prejudicar a Escola. Quase todo o dia é possível observar, tanto pela mídia escrita quanto pela fala, algum tipo de violência escolar, como entre: aluno/aluno, aluno/professor, aluno/funcionário e etc. Mas não é por estar se transformando em algo cotidiano que devemos nos conformar, ficarmos calados, muito pelo contrário. Sabemos que é necessário que ocorra uma mudança nos paradigmas escolares. Essa mudança é necessária, pois são muitos os fatores que prejudicam o meio escolar, como por exemplo: a desigualdade social. Crianças que vivem em situação de miséria têm uma grande tendência em se transformar numa pessoa embrutecida, de acordo com ABRAMOVAY (1999), pelo fato de elas estarem numa posição secundária na sociedade e de possuir menos possibilidades de trabalho, estudo e consumo, porque além de serem pobres se sentem maltratados, vistos como diferentes e inferiores. Por essa razão, as percepções que têm sobre os jovens endinheirados são muito violentas e repletas de ódio..."A escola e a família, juntamente com toda a comunidade pode não conseguir acabar com a desigualdade social, e não é só ela que leva o aumento da violência, pois ela é somente um dos fatores, não é a única culpada”. Isto é tão real que pode se notar a violência em locais de classe alta, em escolas particulares, não somente nas públicas.
Mas, juntos, podemos mudar este rumo. Devemos mudar o modo de pensar e de agir destas crianças e adolescentes. Para que esta mudança ocorra, basta começar a estimular o lado tolerante, o respeito, a solidariedade e o companheirismo, pois quando estes sentimentos se tornam ausentes na vida humana, é dado lugar ao individualismo. Para vencer uma conduta egocêntrica, a união entre família, escola e comunidade é essencial, pois faz com que a realidade sociocultural de cada indivíduo seja respeitada, e assim, todos possam conseguir entrar em um contexto, vencendo a tão temida violência escolar.



REFERÊNCIAS CONSULTADAS:

ABRAMOVAY, Miriam; RUA, Maria das Graças - Violência nas escolas. Ed.Unesco, doações institucionais.
http://www.recantodasletras.com.br/discursos
Pedagogia: planejamento, processos pedagógicos, problemas contemporâneos. Universidade Metodista de São Paulo/ São Bernardo do Campo, 2011

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