segunda-feira, 23 de maio de 2011

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra como princípio educativo


A Escola vista como espaço socializador de desenvolvimento e aprendizagem, deve estar aberta aos mais diversos tipos de cultura e identidades culturais. A cultura deve estar presente no cotidiano escolar, como forma de entreter e desenvolver educadores e educandos. Como citados no texto anterior, não devemos hierarquizar as diferentes culturas, mas reconhecê-las e valorizá-las. Com o MST (Movimento dos trabalhadores rurais sem terra), não deve ser diferente. Conforme citado no texto, no Movimento os sem-terra aprendem que o mundo e o ser humano estão para ser feitos, e que o movimento da realidade, constituído basicamente de relações que precisam ser compreendidas, produzidas ou transformadas, deve ser o grande mestre deste fazer. Em suas atividades diárias, na lavoura, plantando, cultivando e colhendo, tudo com muito esforço e dedicação, os trabalhadores também adquirem valores éticos e morais imprescindíveis na formação e no caráter humano. Aprendem e desenvolvem valores como a paciência, a persistência, a cooperação, a solidariedade e a dedicação.

Em seu processo histórico, o Movimento passou por diversas dificuldades e preconceitos. Muitos não compreendem que este movimento nada mais é do que uma luta de classes sociais, de pessoas que trabalham e batalham pelo futuro, que lutam por um espaço na sociedade e que esperam ter sua identidade reconhecida e valorizada. Abordar a cultura e a história do Movimento faz com que os valores, objetivos e princípios dos trabalhadores rurais sejam reconhecidos e explorados. Os educadores devem sempre abordar a cultura de seus alunos no cotidiano escolar, pois cada um tem suas características, seus paradigmas, sua identidade cultural.



Portanto, pensar numa Escola que tenha o Movimento como princípio educativo, significa enraizar a cultura destes no cotidiano escolar. Relacionar e abordar passado e futuro, como no enraizamento projetivo, tornam a aprendizagem prazerosa e significativa, pois a história do movimento permite entender o presente e projetar o futuro. Além disso, a “mística”, uma das formações básicas do processo de formação dos Sem Terra, deve ser cultivada na Escola, pois relacionam memória e utopia, raiz e projeto. Assim, a pedagogia do movimento, a escola, estará valorizando o MST e desenvolvendo seus alunos, cognitiva e afetivamente, tornando-os cidadãos aptos, críticos e valorizados, respeitados, enfim, socializados.


BIBLIOGRAFIA CONSULTADA:
CALDART, Roseli Salete. O MST e a formação dos Sem Terra: o movimento social como princípio educativo. Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?%20script=sci_arttext&pid=S0103-40142001000300016 (acesso em 06/04/11).

Imagem disponível em:

http://forumdaocupacao.over-blog.com/article-12935975.html





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