terça-feira, 31 de maio de 2011

A Escola organizada em ciclos

Comentário crítico, a partir da intervenção do Prof. Dr. João
Cardoso Palma Filho.


De acordo com os comentários realizados pelo Prof. Dr. João Cardoso Palma Filho, secretário-adjunto da Educação do Estado de São Paulo, sobre o segmento do ensino fundamental, pode-se entender que:
Ainda precisamos de uma longa caminhada para que haja uma inclusão real. Com a constituição de 1988 a universalização do ingresso nas escolas foi estabelecida. Porém, ainda enfrentamos desafios também encontrados nos outros sistemas de organização de espaços e tempo, como: crianças que chegam a 5ª e 6ª série sem um domínio razoável da língua portuguesa; crianças que saem da escola porque precisam trabalhar ou porque se envolvem com drogas e violência... Então, como organizar a escola?
Os professores alfabetizadores precisam ser valorizados, pois esta é uma fase de extrema importância para o desenvolvimento humano;
Programa permanente de formação continuada;
Materiais pedagógicos adequados;
Sistema de Supervisão que funcione;
Professor com remuneração condigna;
Plano de carreira adequado;
Oportunidades de aperfeiçoamento profissional e etc.
Enfim, para o Prof. João Cardoso, a questão não é a efetivação dos sistemas de Ciclos, progressão continuada, ou seriação. A questão fundamental é garantir que o ensino seja universal, pois os alunos são diferentes e possuem ritmos diferentes de aprendizagem. É preciso que se estabeleça alguma forma de reforço, de recuperação a partir do momento em que apresentam dificuldade, para que possam prosseguir nos estudos e desenvolver-se cognitiva e afetivamente.



Comentário crítico a partir da intervenção da Profª. Dra. Elba
Siqueira de Sá Barreto


“Sempre que o propósito da organização em ciclos não ocupa um lugar central nas políticas de educação, ele perde em parte a sua condição potencial de desafiar as velhas estruturas excludentes e toca apenas de maneira superficial na cultura escolar.” (BARRETO,2004)
Para a autora, as implantações de reformas em redes escolares grandes provavelmente serão mais complexas do que em redes pequenas. Segundo ela, o que se observa no Brasil é que as formulações sobre ciclos se enriquecem umas com as outras, o que tende a proliferar à medida que a adoção dos ciclos assume foros de política nacional.
O que este artigo deixa claro, é que os ciclos como uma forma de organização da escola e de desenvolvimento do currículo, sob uma perspectiva democrática e inclusiva, está em vias de ser construído. Nesse processo de construção encontram-se envolvidos os formuladores de políticas, os educadores e alunos que os criam e recriam no cotidiano da escola, a comunidade escolar e os estudiosos do assunto.
Portanto, deve haver uma união entre os que estão diretamente envolvidos com a escola, os dirigentes e os pesquisadores do assunto, pois juntos, alcançarão o tão sonhado ensino democrático e universal subjacente à reorganização deste em ciclos, tornando a Escola um espaço de igualdade e cidadania.

REFERENCIAS:

Estudos sobre ciclos e progressão escolar no Brasil: uma revisão,
de Elba Siqueira de Sá Barretto e Sandra Zákia Sousa.
Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-97022004000100003&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt


"A escola organizada em ciclos: concepções e
contradições". Disponível em:
http://metodistasp.eduead.com.br/eduead/mod/resource/view.php?inpopup=true&id=29860

Teleaula com a Professora: Profª. Drª. Marília C. G. Duran "Organização dos tempos escolares no ensino fundamental: séries e ciclos."
Disponível em:
http://metodistasp.eduead.com.br/eduead/mod/resource/view.php?inpopup=true&id=26553

Nenhum comentário:

Postar um comentário